UPSCALING: O que é? Como funciona?

 A busca por gráficos mais bonitos e taxas de quadros mais altas sempre foi uma prioridade no mundo dos jogos. No entanto, o hardware tem limites, e rodar jogos em resoluções mais altas e com altas taxas de FPS pode ser um desafio até para placas como a RTX 5090, É aí que entra o upscaling, uma tecnologia criada para melhorar o desempenho sem comprometer tanto a qualidade visual. Mas como isso começou? E como evoluímos até tecnologias como o DLSS 4 e o futuro FSR 4? Vamos explorar neste artigo!

Evolulção do DLSS 2 ao 3.1


O que é o upscaling e por que foi criado?

O upscaling, no contexto de jogos e vídeos, é uma técnica que aumenta a resolução de uma imagem sem renderizá-la originalmente naquele tamanho. Ele foi criado para permitir que conteúdos de menor resolução pudessem ser exibidos em telas maiores sem parecerem borrados ou pixelados.
Nos videogames, o upscaling se tornou uma solução essencial porque rodar jogos em resoluções nativas muito altas exige um enorme poder de processamento. Em vez de renderizar um jogo a 4K diretamente, por exemplo, o upscaling permite que ele seja renderizado em uma resolução menor (como 1080p) e, em seguida, aprimorado para parecer tão nítido quanto um 4K real, reduzindo o impacto no desempenho.




Os primeiros passos: o upscaling tradicional

As primeiras formas de upscaling eram bem rudimentares e baseadas em interpolação, que basicamente "esticava" a imagem e tentava preencher os detalhes perdidos. Métodos como bilinear e bicúbico eram usados para suavizar bordas, mas o resultado costumava ser borrado e longe do ideal.

Com o tempo, surgiram técnicas mais avançadas como o Lanczos resampling, que aplicava filtros para melhorar a nitidez, mas ainda assim não conseguia manter a mesma qualidade de uma renderização nativa.
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O salto com o upscaling inteligente: DLSS e FSR

A grande revolução do upscaling veio com a inteligência artificial e algoritmos mais avançados. Foi aqui que nasceram as tecnologias DLSS (Deep Learning Super Sampling), da NVIDIA, e FSR (FidelityFX Super Resolution), da AMD.

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DLSS: O primeiro grande avanço (2018)

O DLSS foi lançado em 2018 com as placas RTX 20 da NVIDIA e utiliza inteligência artificial para reconstruir imagens em alta resolução a partir de versões menores. Ele treina redes neurais em supercomputadores para aprender como aprimorar os detalhes de um jogo, entregando imagens quase idênticas a uma renderização nativa, mas com um desempenho muito melhor.

DLSS 4 na RTX 5090



Com o tempo, o DLSS evoluiu:

DLSS 1.0 (2018) – Prometia muito, mas tinha problemas visuais como imagens borradas.

DLSS 2.0 (2020) – Um salto de qualidade, com reconstrução de imagem mais precisa.

DLSS 3.0 (2022) – Introduziu a Frame Generation, criando quadros extras para aumentar ainda mais o FPS.

DLSS 4.0 (2024) – Evoluiu com IA ainda mais avançada, refinando detalhes e reduzindo latência.


FSR: A alternativa da AMD (2021)

A AMD, por sua vez, lançou o FSR (FidelityFX Super Resolution), que até agora não usava IA como o DLSS, mas sim algoritmos matemáticos avançados para reconstrução de imagem. Ele tem a vantagem de rodar em qualquer placa de vídeo, sejam elas, GPUs da NVIDIA ou Intel, novas ou as mais antigas, dando um sopro de vida maior a essas placas, e até consoles como PS5 e Xbox Series X.

Gráfico de anúncio RX 9070 XT



O FSR também evoluiu:

FSR 1.0 (2021) – Upscaling básico, parecido com técnicas tradicionais.

FSR 2.0 (2022) – Introduziu a reconstrução temporal, trazendo melhorias visuais significativas.

FSR 3.0 (2023) – Adicionou Frame Generation, similar ao DLSS 3.

FSR 4.0 (2025?) – Espera-se que traga qualidade próxima ao DLSS 4, mas sem depender de hardware específico.

O futuro do upscaling

O que vem a seguir para o upscaling? Algumas tendências já estão surgindo:

1. IA cada vez mais inteligente – O uso de redes neurais mais avançadas pode permitir que o upscaling chegue a um nível quase indistinguível da renderização nativa. Sendo que hoje mesmo, o DLSS 4 já consegue entregar uma qualidade de imagem melhor que a resolução nativa, isso quando se fala em 4K, entregando acabamentos mais nítidos e cores mais vivas em alguns casos.


2. Menos dependência de hardware – O DLSS ainda exige GPUs RTX com seus Tensor Cores, mas futuras versões podem Trazer ainda mais melhorias, já que as vezes ainda é possível ver algumas imperfeições. O FSR, por outro lado, deve continuar sendo uma opção aberta para todos, mesmo que a sua última versão seja destinada apenas para placas RX 9000.


3. Menos latência e mais fluidez – Tecnologias como Reflex (NVIDIA) e Fluid Motion Frames (AMD) estão sendo combinadas com upscaling para oferecer um tempo de resposta menor nos jogos, trazendo gameplays mais responsivas.



O upscaling se tornou uma parte essencial dos jogos modernos, permitindo que aproveitemos gráficos incríveis sem precisarmos de um supercomputador. E com o avanço da IA e dos algoritmos, o futuro promete ser ainda mais impressionante!

Desde os primeiros métodos rudimentares até as sofisticadas soluções como DLSS 4 e FSR 4, o upscaling percorreu um longo caminho. Hoje, ele é uma peça fundamental para quem quer gráficos incríveis sem sacrificar o desempenho.

Com a chegada de novas gerações de hardware e algoritmos de IA mais poderosos, a tendência é que o upscaling continue evoluindo até o ponto em que a diferença entre a resolução nativa e a reconstruída seja praticamente imperceptível. Estamos entrando em uma era onde desempenho e qualidade gráfica andam lado a lado – e o upscaling é a chave para isso!













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